15 de setembro de 2011

UNIDOS CONTRA O BULLYING!

BULLYING,É CRIME,E QUEM PRATICA,UM CRIMINOSO.
VOCÊ NÃO NASCEU PARA ATRASAR,E SIM PARA RENOVAR,
SEJA UM "AGENTE ANTI BULYING'!

BULLYING:O FEITIÇO PODE VIRAR CONTRA O FEITICEIRO!
BULLYING:NÃO FAÇA PARTE DESSA HISTORIA!
BULLYING:HOJE EU ,AMANHÃ VOCÊ!
BULLYING:MINHA SUA ,NOSSA RESPONSABILIDADE!
BULLYING:FALTA DE AMOR AO PRÓXIMO!

BULLYING
SE VOCÊ SE ACHA O VALENTÃO.
CUIDADO!
QUEM É O VALENTÃO ACABA NO CHÃO.

SE VOCÊ BATE NOS PEQUENOS.
CUIDADO!
ELES CRESCERÃO.
SE VOCÊ XINGA OU OFENDE ALGUÉM.
CUIDADO!
ALGUÉM PODE OFENDER VOCÊ.

OLHE-SE NO ESPELHO!
O ESPELHO NÃO MENTE, VOCÊ É UM SER HUMANO.
ENTÃO, NÃO HAJA COMO SE FOSSE UM ANIMAL.
TODOS NÓS FOMOS FEITOS À IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS.

DEUS NÃO QUER VER A SUA IMAGEM E SEMELHANÇA BRIGANDO,
XINGANDO E APELIDANDO O PRÓXIMO.

SOMOS IGUAIS!
SEJA UMA PESSOA CIVILIZADA.
DIGA NÃO AO BULLYING!
DIGA NÃO À VIOLÊNCIA!
VIOLÊNCIA NA MINHA CASA,

NÃO!!!

7 de setembro de 2011

PÁTRIA MINHA
Autor: Vinícius de Moraes

A minha pátria é como se não fosse, é íntima
Doçura e vontade de chorar; uma criança dormindo
É minha Pátria. Por isso, no exílio
Assistindo dormir meu filho
Choro de saudades de minha Pátria.
Se me perguntarem o que é a minha pátria, direi:
Não sei. De fato, não sei
Como, por que e quando a minha pátria
Mas sei que a minha pátria é a luz, o sal e a água
Que elaboram e liquefazem a minha mágoa
Em longas lágrimas amargas.

Vontade de beijar os olhos de minha pátria
De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos...
Vontade de mudar as cores do vestido ( auriverde!) tão feias
De minha Pátria, de minha pátria sem sapatos
E sem meias, pátria minha
tão pobrinha!

Porque te amo tanto, pátria minha, eu, que não tenho
Pátria, eu semente, que nasci do vento
Eu, que vou e não venho, eu, que permaneço
Em contato com a dor do tempo, eu, elemento
De ligação entre a ação e o pensamento
Eu, fio invisível no espaço de todo o adeus
Eu, o sem Deus!

Tenho-te, no entanto, em mim como um gemido
De flor; tenho-te como um amor morrido
A quem se jurou; tenho-te como uma fé
Sem dogma, tenho-te em tudo em que não me sinto a jeito
Nesta sala estrangeira com lareira
E sem pé-direito.

Ah, pátria minha, lembra-me uma noite no Maine, Nova Inglaterra
Quando tudo passou infinito e nada terra
E eu vi Alfa e Beta de Centauro escalarem o monte até o céu
Muitos me surpreenderam parado no campo sem luz
À espera de ver surgir a Cruz do Sul
Que eu sabia, mas amanheceu...

Fonte de mel, bicho triste, pátria minha
Amada, idolatrada, salve, salve!
Que mais doce esperança acorrentada
O não poder dizer-te: aguarda...
Não tardo!

Quero rever-te, pátria minha, e para
Rever-te me esqueci de tudo
Fui cego, estropiado, surdo, mudo
Vi minha humilde morte cara a cara
Rasguei poemas, mulheres, horizontes
Fiquei simples, sem fontes.

Pátria minha... A minha pátria não é florão, nem ostenta
Lábaro não; a minha pátria é desolação
De caminhos, a minha pátria é terra sedenta
E praia branca; a minha pátria é o grande rio secular
Que bebe nuvem, come terra
e urina mar.

Mais do que a mais garrida a minha pátria tem
Uma quentura, um querer bem, um bem
Um libertas quae sera tamen
Que um dia traduzi num exame escrito:
"Liberta que serás também
E repito!

Ponho no vento o ouvido e escuto a brisa
Que brinca em teus cabelos e te alisa
Pátria minha, e perfuma o teu chão...
Que vontade me vem de adormecer-me
Entre teus doces montes, pátria minha
Atento à fome em tuas entranhas
E ao batuque em teu coração.

Não te direi o nome, pátria minha
Teu nome é pátria amada, é patriazinha
Não rima com mãe gentil
Vives em mim como uma filha, que és
Uma ilha de ternura; a ilha
Brasil, talvez.

Agora chamarei a amiga cotovia
E pedirei que peça ao rouxinol do dia
Que peça ao sabiá
Para levar-te presto este avigrama:
"Pátria minha, saudades de quem te ama...

Vinícius de Moraes."

Blog pantaneiro

Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão >Paulo Freire